“Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.” (Espírito ERASTO - O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 230).
A frase de Erasto tem sido muito citada. Mas o que é realmente o “crivo da razão”? Em 1o. lugar, o que é crivo? Simplesmente peneira, ou coador, informa-nos o dicionário Aurélio. Portanto, passar pelo crivo da razão é passar pela peneira da razão. E quais são as peneiras da razão? Esta é a proposta desta série de textos dos quais esta é a 1a. parte: apresentar e analisar algumas das principais peneiras da razão. Para isto, vou adaptar parte do prático e didático “Kit de Ferramentas da Filosofia” (“Guia Ilustrado Zahar: Filosofia” - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008) do filósofo Stephen Law, professor do Heythrop College da Universidade e Londres e editor de Think, o periódico do Royal Institute of Philosophy para o público geral. Eventualmente poderei usar definições da Encyclopedia Britannica (www.Britannica.com) ou da Stanford Encyclopedia of Philosophy (plato.stanford.edu).
Em primeiro lugar, vamos entender o que é um raciocínio lógico. Normalmente, ao falarmos em raciocínio lógico, nos referimos a uma sequência de uma ou mais premissas e uma conclusão. O raciocínio lógico é também chamado de argumentação lógica. Os dois tipos básicos de raciocínio lógico são o dedutivo e o indutivo.
Raciocínio Dedutivo
Um exemplo simples de raciocínio dedutivo:
Premissa 1: João mora em S. Paulo.
Premissa 2: Todos que moram em S. Paulo, moram no Brasil.
Conclusão: João mora no Brasil.
No raciocínio dedutivo, se as premissas levarem logicamente à conclusão, dizemos que o raciocínio é válido. É o caso do raciocínio acima. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será. Se alguém afirmar as duas premissas, mas negar a conclusão, estará cometendo uma contradição lógica.
Muitos acham que todo raciocínio lógico válido é sempre verdadeiro. Mas, veja este exempo:
Premissa 1: Paulo é um ET.
Premissa 2: Todos os ETs moram em Marte.
Conclusão: Paulo mora em Marte.
Como no primeiro exemplo, este raciocínio é também válido: a conclusão decorre logicamente das premissas. Mas a conclusão é falsa. Por que? Porque as premissas são falsas.
Portanto, para garantir que uma conclusão seja verdadeira, são necessárias duas coisas: (1) que o raciocínio seja válido e (2) que todas as premissas sejam verdadeiras.
A frase de Erasto tem sido muito citada. Mas o que é realmente o “crivo da razão”? Em 1o. lugar, o que é crivo? Simplesmente peneira, ou coador, informa-nos o dicionário Aurélio. Portanto, passar pelo crivo da razão é passar pela peneira da razão. E quais são as peneiras da razão? Esta é a proposta desta série de textos dos quais esta é a 1a. parte: apresentar e analisar algumas das principais peneiras da razão. Para isto, vou adaptar parte do prático e didático “Kit de Ferramentas da Filosofia” (“Guia Ilustrado Zahar: Filosofia” - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008) do filósofo Stephen Law, professor do Heythrop College da Universidade e Londres e editor de Think, o periódico do Royal Institute of Philosophy para o público geral. Eventualmente poderei usar definições da Encyclopedia Britannica (www.Britannica.com) ou da Stanford Encyclopedia of Philosophy (plato.stanford.edu).
Em primeiro lugar, vamos entender o que é um raciocínio lógico. Normalmente, ao falarmos em raciocínio lógico, nos referimos a uma sequência de uma ou mais premissas e uma conclusão. O raciocínio lógico é também chamado de argumentação lógica. Os dois tipos básicos de raciocínio lógico são o dedutivo e o indutivo.
Raciocínio Dedutivo
Um exemplo simples de raciocínio dedutivo:
Premissa 1: João mora em S. Paulo.
Premissa 2: Todos que moram em S. Paulo, moram no Brasil.
Conclusão: João mora no Brasil.
No raciocínio dedutivo, se as premissas levarem logicamente à conclusão, dizemos que o raciocínio é válido. É o caso do raciocínio acima. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será. Se alguém afirmar as duas premissas, mas negar a conclusão, estará cometendo uma contradição lógica.
Muitos acham que todo raciocínio lógico válido é sempre verdadeiro. Mas, veja este exempo:
Premissa 1: Paulo é um ET.
Premissa 2: Todos os ETs moram em Marte.
Conclusão: Paulo mora em Marte.
Como no primeiro exemplo, este raciocínio é também válido: a conclusão decorre logicamente das premissas. Mas a conclusão é falsa. Por que? Porque as premissas são falsas.
Portanto, para garantir que uma conclusão seja verdadeira, são necessárias duas coisas: (1) que o raciocínio seja válido e (2) que todas as premissas sejam verdadeiras.
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