"2. Administração do estresse. Praticar técnicas de relaxamento e esportes e investir na própria psicoterapia favorece a capacidade de entender melhor o que sentimos e as chances de cuidar bem de crianças."
Técnicas de relaxamento/meditação e esportes: fundamentais para tornar os pais e mães menos estressados e, portanto, melhores pais e mães! Camila Ferreira-Vorkapic, pesquisadora do Instituto de Psicologia da UFRJ, escreveu artigos na revista Mente Cérebro números 214 e 170, respectivamente sobre os benefícios da meditação e dos exercícios físicos.
No seu artigo "Meditação para Combater a Ansiedade", a autora informa que esta prática "(...) tem ensinado muitas pessoas a prestar atenção às emoções e ao próprio corpo e a lidar de forma mais saudável com o estresse; estudos mostram sua eficácia no controle de patologias como depressão, pânico e ansiedade". Comenta sobre os dois tipos de meditação que tem sido mais analisados: a "concentração" (basicamente a "meditação transcendental", popularizada pelos Beatles, e técnicas de relaxamento) e a "mindfulness", que tem sido traduzida como "atenção plena".
Em razão de "sua abordagem bem definida, sistemática e centrada no paciente", a "atenção plena" tem sido cada vez mais utilizada em pesquisas e nas clínicas psicológica e psiquiátrica. Neste tipo de meditação, "o praticante exercita a 'observação desapegada': inicialmente focaliza a atenção na própria respiração até que esteja estabilizada. Deste ponto em diante, a pessoa é capaz de observar quaisquer eventos físicos ou mentais que possam surgir no campo da consciência. Estes eventos mudam de um momento para o outro e são observados com curiosidade - e nunca julgados ou avaliados. Essa maneira de estar presente e perceber o ambiente e a si mesmo ajuda o indivíduo a lidar com estresse, dor e doenças."
No artigo "Cérebro em Forma", Camila Ferreira-Vorkapic escreve que "os efeitos do exercício físico para a saúde têm sido amplamente estudados e reconhecidos. São fartamente documentadas alterações fisiológicas em pessoas que praticam atividades físicas com regularidade - como redução do nível de glicose no sangue, metabolização mais eficaz de gorduras, diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso. É notório também quanto a prática contribui para a diminuição da incidência de patologias como diabetes, infarto e acidente vascular cerebral. Décadas de estudos evidenciaram que o exercício físico tem também inegáveis efeitos ansiolíticos e antidepressivos, isto é, a prática de atividade física está significativamente relacionada á diminuição da ansiedade, depressão, estresse e ao aumento da autoestima."
Também "há fortes indícios de que o exercício físico favorece o aprimoramento da função cognitiva em razão da melhora na eficiência neuronal que, por sua vez, é possivelmente produto de um maior afluxo de sangue no cérebro - o que intensifica a atividade cerebral".
A estes artigos sobre meditação e atividades físicas esportivas somam-se inúmeros outros relatando pesquisas e casos clínicos que apontam no mesmo sentido.
É claro que estas diretrizes para os pais valem também para os filhos. Estimular neles o gosto pelo esporte sadio pode ajudá-los não apenas a se desenvolverem melhor fisicamente, mas também a fortalecerem a autodisciplina e a autoestima.
Mesmo a meditação é algo que os filhos podem e devem aprender desde pequenos, por várias maneiras. A oração sincera - a conversa com Deus, com os Espíritos Superiores, com Jesus - é uma forma de meditação, que ajuda a criança ou o adolescente a concentrar e elevar seus pensamentos e sentimentos. Assim como o contato com a Natureza e consigo mesmos, aprendendo a identificar e equilibrar suas emoções e pensamentos. Isto é cada vez mais necessário para as crianças e adolescentes de hoje, cada vez mais dispersas em razão dos jogos de computador, celulares, facebook, msn, orkut etc. Contudo, os pais só poderão ensinar seus filhos a fazerem isto se souberem eles mesmos fazer. E se praticarem. Como disse Aurélio Agostinho de Hipona (Sto. Agostinho), "a palavra convence, mas o exemplo arrasta". E este é um princípio fundamental na educação de filhos.
Às vezes, além das atividades esportivas e da meditação, é necessário algo mais: a psicoterapia. Certa vez, um jovem executivo procurou-me dizendo que queria se submeter à psicoterapia para se tornar uma pessoa melhor e, assim, um pai melhor para a sua primeira filha que estava para nascer.
Ajudando uma pessoa a resolver seus conflitos emocionais, a superar seus bloqueios e medos, a melhorar sua autoestima e autoconfiança, sua competência emocional e interpessoal, a psicoterapia pode ajudá-la a se tornar um melhor pai ou mãe. E as "ferramentas cognitivas" que aprenderá a ajudarão não apenas a solucionar futuros problemas emocionais, após a conclusão do processo psicoterápico, mas também a ajudar seus filhos a as aprender e utilizar, à medida que crescerem.
O cartoon acima lembra-nos que o humor, aprender a rir de si mesmo, é uma forma eficaz de terapia e um bom indício de saúde mental.
Veja, também, as postagens Saúde e Felicidade - Parte 1 e Parte 2.
Técnicas de relaxamento/meditação e esportes: fundamentais para tornar os pais e mães menos estressados e, portanto, melhores pais e mães! Camila Ferreira-Vorkapic, pesquisadora do Instituto de Psicologia da UFRJ, escreveu artigos na revista Mente Cérebro números 214 e 170, respectivamente sobre os benefícios da meditação e dos exercícios físicos.
No seu artigo "Meditação para Combater a Ansiedade", a autora informa que esta prática "(...) tem ensinado muitas pessoas a prestar atenção às emoções e ao próprio corpo e a lidar de forma mais saudável com o estresse; estudos mostram sua eficácia no controle de patologias como depressão, pânico e ansiedade". Comenta sobre os dois tipos de meditação que tem sido mais analisados: a "concentração" (basicamente a "meditação transcendental", popularizada pelos Beatles, e técnicas de relaxamento) e a "mindfulness", que tem sido traduzida como "atenção plena".
Em razão de "sua abordagem bem definida, sistemática e centrada no paciente", a "atenção plena" tem sido cada vez mais utilizada em pesquisas e nas clínicas psicológica e psiquiátrica. Neste tipo de meditação, "o praticante exercita a 'observação desapegada': inicialmente focaliza a atenção na própria respiração até que esteja estabilizada. Deste ponto em diante, a pessoa é capaz de observar quaisquer eventos físicos ou mentais que possam surgir no campo da consciência. Estes eventos mudam de um momento para o outro e são observados com curiosidade - e nunca julgados ou avaliados. Essa maneira de estar presente e perceber o ambiente e a si mesmo ajuda o indivíduo a lidar com estresse, dor e doenças."
No artigo "Cérebro em Forma", Camila Ferreira-Vorkapic escreve que "os efeitos do exercício físico para a saúde têm sido amplamente estudados e reconhecidos. São fartamente documentadas alterações fisiológicas em pessoas que praticam atividades físicas com regularidade - como redução do nível de glicose no sangue, metabolização mais eficaz de gorduras, diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso. É notório também quanto a prática contribui para a diminuição da incidência de patologias como diabetes, infarto e acidente vascular cerebral. Décadas de estudos evidenciaram que o exercício físico tem também inegáveis efeitos ansiolíticos e antidepressivos, isto é, a prática de atividade física está significativamente relacionada á diminuição da ansiedade, depressão, estresse e ao aumento da autoestima."
Também "há fortes indícios de que o exercício físico favorece o aprimoramento da função cognitiva em razão da melhora na eficiência neuronal que, por sua vez, é possivelmente produto de um maior afluxo de sangue no cérebro - o que intensifica a atividade cerebral".
A estes artigos sobre meditação e atividades físicas esportivas somam-se inúmeros outros relatando pesquisas e casos clínicos que apontam no mesmo sentido.
É claro que estas diretrizes para os pais valem também para os filhos. Estimular neles o gosto pelo esporte sadio pode ajudá-los não apenas a se desenvolverem melhor fisicamente, mas também a fortalecerem a autodisciplina e a autoestima.
Mesmo a meditação é algo que os filhos podem e devem aprender desde pequenos, por várias maneiras. A oração sincera - a conversa com Deus, com os Espíritos Superiores, com Jesus - é uma forma de meditação, que ajuda a criança ou o adolescente a concentrar e elevar seus pensamentos e sentimentos. Assim como o contato com a Natureza e consigo mesmos, aprendendo a identificar e equilibrar suas emoções e pensamentos. Isto é cada vez mais necessário para as crianças e adolescentes de hoje, cada vez mais dispersas em razão dos jogos de computador, celulares, facebook, msn, orkut etc. Contudo, os pais só poderão ensinar seus filhos a fazerem isto se souberem eles mesmos fazer. E se praticarem. Como disse Aurélio Agostinho de Hipona (Sto. Agostinho), "a palavra convence, mas o exemplo arrasta". E este é um princípio fundamental na educação de filhos.
Às vezes, além das atividades esportivas e da meditação, é necessário algo mais: a psicoterapia. Certa vez, um jovem executivo procurou-me dizendo que queria se submeter à psicoterapia para se tornar uma pessoa melhor e, assim, um pai melhor para a sua primeira filha que estava para nascer.
Ajudando uma pessoa a resolver seus conflitos emocionais, a superar seus bloqueios e medos, a melhorar sua autoestima e autoconfiança, sua competência emocional e interpessoal, a psicoterapia pode ajudá-la a se tornar um melhor pai ou mãe. E as "ferramentas cognitivas" que aprenderá a ajudarão não apenas a solucionar futuros problemas emocionais, após a conclusão do processo psicoterápico, mas também a ajudar seus filhos a as aprender e utilizar, à medida que crescerem.
O cartoon acima lembra-nos que o humor, aprender a rir de si mesmo, é uma forma eficaz de terapia e um bom indício de saúde mental.
Veja, também, as postagens Saúde e Felicidade - Parte 1 e Parte 2.
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