Um amigo, que chamarei aqui de Leôncio, contou-me sobre um estranho fenômeno que ocorre eventualmente com ele. Leôncio faz trabalho voluntário com famílias carentes e, num passado próximo, trabalhou também com moradores de rua. O fenômeno é o seguinte: olhando para a pessoa à sua frente (assistidos com os quais trabalha), visualiza, às vezes com muita clareza, uma imagem dela como teria sido numa existência anterior.
Assim, mendigos transformam-se em orgulhosos nobres ou ricos comerciantes, mulheres maltrapilhas em damas altivas e ricamente adornadas. Junto com essas visões, vêm-lhe também, num rápido flash de segundos, uma espécie de filme compacto de aspectos da vida anterior da pessoa em ambientes nos quais teria vivido. De coisas que teria feito e/ou deixado de fazer relacionadas às atuais condições e dificuldades da existência atual.
Vendo tais coisas, ele compreende muito do porquê do comportamento, expressões e atitudes da pessoa que está assistindo.

Por ser espírita, Leôncio aceita com tranquilidade tais visões: não se empolga com elas, nem se assusta. As imagens vem-lhe quando está tranquilo, equilibrado, e trazem com elas um sereno sentimento de verdade.
Para ele, tais experiências reforçam sua crença na reencarnação e na lei cármica da ação e reação, a qual nos ensina que nossa vida atual, potenciais e tendências (positivas e negativas) são produtos de nossas ações anteriores. E que nossa situação atual não implica num destino fixo, mas dinâmico, pois, como disse Chico Xavier, “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
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