No final do capítulo 5 do livro "Nos Domínios da Mediunidade", psicografado por Franciso Cândido Xavier, o aprendiz no mundo espiritual, Hilário, surpreso diante das explicações do Assistente Aulus a respeito da assimilação, pelos encarnados, das "correntes mentais" emitidas por desencarnados, diz:
"— Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça... — ponderou meu colega intrigado.
"— Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça... — ponderou meu colega intrigado.
— Sua afirmativa carece de base — exclamou o
Assistente. — Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a
mudança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de freqüência, a
concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos
e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares.
E,
bem-humorado, comentou:
— Em assuntos dessa ordem, é
imprescindível muito cuidado no julgar, porque, enquanto afinamos o critério
pela craveira terrena, possuímos uma vida mental quase sempre parasitária, de
vez que ocultamos a onda de pensamento que nos é própria, para refletir e agir
com os preconceitos consagrados ou com a pragmática dos costumes
preestabelecidos, que são cristalizações mentais no tempo, ou com as modas do
dia e as opiniões dos afeiçoados que constituem fácil acomodação com o menor
esforço. Basta, no entanto, nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao
estudo edificante e ao hábito de discernir para compreendermos onde se nos
situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espirituais
que passamos a assimilar."
Destaquei com negrito a palavra "meditação" nesta citação, porque esse é o tema da série de postagens que se inicia hoje. No trecho acima, Aulus enfatiza a necessidade de exercícios de meditação (além do estudo edificante e do hábito de discernir por si mesmo) para "compreendermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espirituais que passamos a assimilar." Ou seja, para retomarmos contato conosco mesmos, com nosso self ou espírito, distinguindo o que é nosso e o que não é, o que facilita nosso desenvolvimento emocional e espiritual.
Nas próximas postagens, descreverei um pouco sobre benefícios da meditação budista de Atenção Plena (mindfulness em inglês). Como introdução a este tipo de meditação, mostro abaixo um breve vídeo da BBC com uma reportagem sobre os resultados desta prática na mudança de padrões cerebrais facilitando o controle do estresse:
Veja, também: Meditação, Evolução Emocional e Espiritual - parte 2 e parte 3.
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