O sábio chinês Lao Tsé viveu há mais de cinco séculos antes de Cristo. Sua filosofia profundamente espiritual, o Taoísmo, chegou até nós pela sua obra “Tao Té Ching”. Sua influência foi profunda nas culturas chinesa e japonesa, e permanece viva, não só nestes países. O “Tao Té Ching” é uma daquelas obras perenes da humanidade da qual, se nos aproximarmos dela com abertura de espírito, colheremos ensinamentos preciosos que nos ajudarão a trilhar nossa vida com mais paz e harmonia.
É difícil se traduzir a palavra “Tao”. Algumas das suas traduções são: a Essência, a Suprema Realidade, a Lei Universal que está em tudo o que existe, a Divindade, o Insondável. “Té” pode ser traduzido por caminho, diretriz, revelação. E “Ching”, por livro, escrito, documento. Uma tradução que gosto é o “Livro do Caminho para a Essência”.
O Tao deve ser mais sentido, intuído, do que compreendido intelectualmente. Para ajudar você a senti-lo intuitivamente, sugiro que faça uma bela experiência, aqui e agora:
Sente-se confortavelmente e endireite com naturalidade o corpo e a cabeça.
Imagine um facho de luz azul muito bonito e suave vindo lá do alto, penetrando pelo topo de sua cabeça, descendo pelo interior do seu tronco e continuando até o chão.
Respire fundo e lentamente algumas vezes, e relaxe-se..., descontraia-se...
Imagine que essa luz azul suave lhe transmite uma sensação muito agradável, de equilíbrio e paz.
Perceba o ambiente ao seu redor. Sinta nele o Tao... Respire-o... Sinta-o em você, nas coisas ao seu redor, no ambiente todo.
Pare um pouco de ler e tome contato, por alguns instantes, com a paz, a beleza e a simplicidade nas pessoas e coisas ao seu redor..., pois, como disse Lao Tsé, o Tao “poderá, nas menores coisas, ser encontrado.”
Se você vivenciou efetivamente este exercício, seu nível de consciência ampliou-se e é capaz de começar a sentir o Tao. Uma maior leveza e paz interior é um indicativo disto.
Esse mesmo exercício você poderá repetir em outras situações. Ao ar livre, em contato direto com a natureza ele é vivificante. E mesmo em recintos fechados, como no trabalho. Às vezes, ficamos tão imersos em problemas do trabalho que perdemos a perspectiva dos reais objetivos da tarefa que estamos realizando. Com isso, perdemos nossa eficácia e produtividade. Em momentos como esses, parar por um ou dois minutos, endireitar o corpo e fazer o exercício vivencial aqui descrito pode aclarar nossa mente, ajudando-nos a desenvolver melhor o que estamos fazendo.
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